quinta-feira, 26 de abril de 2012

Educação alimentar ou educação nutricional



Muito se tem falado sobre reeducação alimentar, mas será que não caberia melhor educação alimentar ou educação nutricional? Reeducar significa tornar a educar e educação significa o ato de educar, processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano.

A educação alimentar compreende algo mais complexo, é um processo, ou seja, além da mudança de hábitos alimentares, existe o aprendizado do que é saudável, mantendo aspectos do indivíduo, é a construção do conhecimento, a vivência.

Para que cada um entenda e adquira bons hábitos alimentares e os transmita é necessário que a pessoa participe realmente do processo. Ela deve querer conhecer os alimentos, suas funções no corpo, sua importância, para entender o porque desses alimentos serem recomendados.

A alimentação não deve ser imposta como algo fixo, restrito, que gere sacrifícios. Deve ser algo planejado conforme as preferências da pessoa e principalmente levando em conta, hábitos e costumes, respeitando aspectos culturais, tudo com muito bom senso, e claro com o equilíbrio nutricional necessário.

É muito importante que o educador respeite a individualidade da pessoa e conheça seus hábitos atuais, para que aos poucos introduza o que é necessário melhorar e incentive para que continue mantendo o que é bom, garantido assim uma boa nutrição.

Mudar hábitos não é tarefa fácil, mas é possível. É um processo de educação e deve ser encarado dessa maneira, com erros, acertos, deslizes, recaídas, etapas vencidas e tudo mais que será necessário nesse processo. Tudo em busca da saúde do corpo e da mente, e lembre-se tudo ao seu tempo!

Roberta dos Santos Silva
Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dicas para uma alimentação saudável...


    1. Evite dietas milagrosas em que há uma grande eliminação de peso em um curto período de tempo.


    2. Não faça uma alimentação baseada em um único tipo de alimento ou nutriente.

    3. Mesmo tendo exagerado nos dias anteriores, faça, pelo menos, 5 refeições por dia.

    4. Pequenos lanches entre as refeições principais irão evitar a vontade de devorar o primeiro prato que encontrar pela frente.

    5. Não belisque entre as refeições.

    6. Esqueça dos snacks (salgadinhos) e da bolacha recheada.

    7. Deixe na gaveta do escritório barrinha de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades).

    8. Frutas e iogurtes light são excelentes lanches.

    9. Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.

    10. Comece sempre a refeição com um caprichado prato de saladas.

    11. Evite o uso de óleos para temperar as saladas. Use vinagre ou suco de limão.

    12. Macarrão é permitido, mas cuidado com o molho.

    13. Molho branco, quatro queijos, bolonhesa são muito mais calóricos quando comparados com o ao sugo. Portanto, não abuse!

    14. Não repita a refeição.

    15. Evite beber refrigerantes, mesmo os light ou diet.

    16. Evite água gaseificada. Bebidas com gás dilatam o estômago dando uma falsa sensação de saciedade.

    17. Bebidas isotônicas devem ser evitadas. São calóricas e, para não atletas, a água ainda é o melhor hidratante.

    18. Prefira sucos naturais.

    19. Utilize adoçante nos sucos e no cafezinho.

    20. Beba, no máximo, 4 xícaras pequenas de café por dia.

    21. Ingira bastante água durante o dia. No mínimo, 1,5 litro ou 8 copos.

    22. Leve sempre uma barrinha de cereais na bolsa. Quando bater aquela vontade de comer alguma coisa, você já sabe a que recorrer.

    23. Ingira legumes todos os dias.

    24. Coma pelo menos 2 frutas diariamente.

    25. Prefira ameixa, melancia, melão, morango que são menos calóricas.

    26. Cuidado com as frutas secas. Por serem desidratadas é fácil ingerir mais calorias que com as naturais.

    27. Ingira carnes menos calóricas como peixe, frango (peito), peru, patinho, contrafilé.

    28. Cuidado com o salmão. Ele apresenta mais calorias do que outros peixes.

    29. Retire a pele das aves. Ela contém basicamente gordura.

    30. Evite atum e sardinha conservados em óleo. Já existe a versão light.

    31. Miúdos e vísceras são ricos em gorduras saturadas. Então, minimize o consumo desses alimentos.

    32. Retire a gordura visível das carnes, como por exemplo, a da picanha.

    33. Evite alimentos fritos. Dê preferência aos grelhados ou cozidos.

    34. Embutidos (mortadela, presunto, salame) devem ser evitados.

    35. Enlatados são ricos em sódio; por isso, prefira os alimentos naturais.

    36. Manteiga, creme de leite, chantilly, massa podre são ricos em calorias e colesterol. Evite-os.

    37. Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados.

    38. Dê preferência aos queijos brancos como o de minas, frescal, ricota e cottage.

    39. Evite as preparações gratinadas.

    40. Dê preferência aos alimentos desnatados como leite e iogurtes.

    41. Se não tem boa aceitação ao leite desnatado, fique com o semidesnatado.

    42. Evite chocolates, inclusive o diet.

    43. Ingira alimentos ricos em fibras como legumes, verduras e frutas.

    44. Consuma maçã, pêra, uva com a casca.

    45. Pizza prefira as menos calóricas como de escarola, rúcula, mussarela. Mas fique somente na primeira fatia.

    46. Tomate seco, por ser conservado em óleo, deve ser evitado.

    47. Bebidas alcoólicas são calóricas. Consuma esporadicamente e em pequena quantidade.

    48. Uma taça de vinho diariamente faz bem para a saúde. Mas nada adiantará se não tem o hábito da boa alimentação e é sedentário.

    49. Em barzinhos evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos.

    50. Evite os fast-food. Os alimentos servidos são normalmente ricos em gorduras.

    51. Se não tiver saída, prefira uma unidade de cheeseburguer, refrigerante light e batata frita pequena. Dispense a sobremesa.

    52. Em restaurantes por quilo, passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso evitará exageros.

    53. Para a sobremesa, prefira frutas da época.

    54. Evite sorvetes de massa. Opte pelo picolé de fruta.

    55. Em sorveteria por quilo, prefira os sorvetes de frutas. Passe reto pelas coberturas e chantilly.

    56. Nunca vá ao supermercado com fome. Vá sempre após uma refeição. Isso evitará pegar balas, chocolates e salgadinhos.

    57. Não compre alimentos que devem ser evitados.

    58. Compare os rótulos dos alimentos e verifique se os light e diet são menos calóricos. Nem sempre isso é verdade.

    59. Nunca acumule a fome. Por isso deixe na geladeira legumes picados (cenoura, pepino, salsão) e gelatina diet. Eles não prejudicarão o seu emagrecimento.

    E, por fim, vale essa dica:

    60. Movimente-se!! Você não precisa ir à academia! Caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40 minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!

Educação alimentar na adolescência: Prevenir para não remediar


Sabe-se que o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dislipidemias (colesterol e triglicerídeos elevados), diabetes, distúrbios hepáticos e psicossociais, tem início precoce através de uma alimentação inadequada na infância e adolescência.

Com a cultura de fast foods, biscoitos recheados, refrigerantes, frituras e sedentarismo, não é difícil nos depararmos com adolescentes com sobrepeso e níveis de colesterol e triglicerídeos elevados. Esses adolescentes, além de terem um grande risco de persistirem obesos quando crescerem, têm mais chances de adquirirem uma doença crônica na vida adulta.

Além da alimentação, existem inúmeros fatores que influenciam crianças e adolescentes ao sobrepeso, como: genética, influência familiar, fatores ambientais e culturais e condições socioeconômicas. Hoje em dia, é comum adolescentes deixarem de se exercitar em detrimento de vídeo games e internet, além da mídia influenciando-os desde crianças a uma alimentação rica em gorduras saturadas e trans, açúcares e pobres em frutas, legumes, verduras e fibras.

Na adolescência, estamos em crescimento constante. Nutrientes são importantíssimos nesta época para o desenvolvimento de órgãos e sistemas. Deve-se adequar o consumo de macronutrientes (carboidrato, proteína e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais), além de uma hidratação adequada. A dieta deve ser qualitativa em vez de quantitativa. Frutas, inclusive as oleaginosas (castanhas, nozes...), cereais integrais, legumes e verduras (aumentando a ingestão de vitaminas antioxidantes), carnes magras, leite e queijo branco, devem substituir cereais refinados (açúcar, pão branco), guloseimas, salgadinhos, queijos gordurosos etc.

A quantidade máxima de massa óssea que se pode obter durante o crescimento, é determinante da massa óssea e risco de fraturas na fase adulta. Produtos derivados de leite e vegetais verdes escuros são fontes de cálcio, importantíssimos nesta época. Uma alimentação rica em sódio (sal), presente em embutidos, enlatados, salgadinhos e chips, pode influenciar a absorção de cálcio e futuramente, uma osteoporose, assim como o consumo exacerbado de refrigerantes ricos em cafeína.

Devemos prestar a atenção também no tipo de gordura consumida. A gordura dietética é importante fonte de energia para atividades biológicas, já que são componentes estruturais de todos os tecidos, principalmente o cerebral, mas existem diferentes tipos de gordura. As saturadas (presente na maioria em alimentos de origem animal) e ácidos graxos trans (produzidos artificialmente, presente em margarinas, biscoitos, sorvetes etc) maléficas ao organismo, pois aumentam o colesterol e triglicerídeos sanguíneo, e as insaturadas (divididas em monoinsaturadas e poliinsaturadas, presentes na maioria nos vegetais, óleo de soja, canola, azeite de oliva e peixes) benéficas e importantes para manutenção das funções corporais.

A bicamada fosfolipídica do cérebro humano é composto, na maioria, por gorduras poliinsaturadas ômega 3 e ômega 6. Nossa dieta já é rica em ácidos graxos ômega 6, presente no óleo de soja, por exemplo, mas é pobre em ômega 3, cujas fontes são peixes de água profunda e linhaça. 

Estudos indicam então, um aumento na ingestão de ácidos graxos ômega 3 para um melhor desenvolvimento cerebral e aumento de concentração, logo um melhor rendimento escolar. O ômega 3 também possui propriedades antiinflamatórias e antiplaquetárias, que ajudam a prevenir doenças cardiovasculares.

Uma dieta adequada, aliada a uma atividade física, proporcionam benefícios a saúde do adolescente que irão influenciar sua vida adulta, portanto, vale a pena investir desde já para uma melhor qualidade de vida.

LIZA MESQUITA GUARINO GUERREIRO
Nutricionista, pós graduada em nutrição esportiva funcional, Professora da disciplina de Noções Básicas de Nutrição das Faculdades Pestalozzi.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Link’s com tabelas de calorias dos principais alimentos


Link’s com tabelas de calorias dos principais alimentos

Carnes em geral  http://www.cdof.com.br/nutri49.htm

Líquidos, peixes e frutos do mar http://www.cdof.com.br/nutri4.htm#L

Salgadinhos, petiscos e Sopas http://www.cdof.com.br/nutri46.htm#SA


Frutas frescas e secas, gorduras e óleos http://www.cdof.com.br/nutri43.htm#FR


Cereais, farinhas e complementos, legumes, verduras e grãos e balas http://www.cdof.com.br/nutri44.htm#l

Leites e derivados, queijos e ovos http://www.cdof.com.br/nutri48.htm#qu

Pães, massas e pizzas  http://www.cdof.com.br/nutri45.htm#MA

Biscoitos, bolachas, refrigerantes, bebidas energéticas e bebidas alcoólicas http://www.cdof.com.br/nutri47.htm#B

Pratos caseiros e industrializados http://www.cdof.com.br/nutri410.htm

COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE CALORIAS QUE SE DEVE COMER


CALORIAS DOS ALIMENTOS

Uma caloria é uma medida usada para expressar o calor ou valor energético do alimento e da atividade física. 


É definida como o valor necessário para elevar a temperatura de 1 kg (1L) de água em graus centígrados de 14,5 15,5 graus. 

Assim sendo uma caloria é designada mais corretamente como quilocaloria (Kcal). (McARDLE e col,1992) 


COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE CALORIAS QUE SE DEVE COMER

Ao contarmos quantas calorias ingerimos por dia, estamos medindo a quantidade de energia que agregamos ao nosso organismo neste período.

Quando uma quantidade de energia é obtida através da alimentação, a primeira lei da termodinâmica nos diz que somente uma de duas coisas pode acontecer: a energia é convertida em trabalho, com o conseqüente desperdício de calor, ou a energia é estocada.

Se ingerirmos mais energia do que gastarmos, o excesso será estocado em um compartimento especial do organismo, o tecido adiposo.

Se, por outro lado, o ser humano ingerir menos energia do que gastar, energia deve ser removida dos estoques para fazer frente ao deficit, a quantidade de gordura do corpo diminui e então a pessoa emagrece.

A quantidade de calorias oriundas dos carboidratos e proteínas (4 Kcal/g) é mais que o dobro daquelas oriundas da gordura (9 Kcal/g).

Para calcular a quantidade de calorias na sua dieta, você pode partir dos seguintes princípios gerais:

A sua necessidade calórica diária depende das atividades que você desempenha e da sua taxa metabólica basal.

Taxa metabólica basal (TMB) é a quantidade de calorias necessárias para manter seu organismo funcionando, considerando que você passa o dia em repouso.

Para calcular sua TMB, faça a seguinte conta:

- Se você é mulher, sua TMB = [247 – (2.67 x idade)] + (401.5 x altura) + (8.6 x peso)
- Se você é homem, sua TMB = [293 – (3.8 x idade)] + (456.4 x altura) + (10.12 x peso)

Nesta equação, a idade é em anos, a altura em metros e o peso em quilos.

Então, uma mulher de 30 anos, com 50 kg e 1.60m tem uma TMB = 247 – (80.1) + (642.40) + (430) = 1239.30 kcal.

Para determinar o total de calorias máximo que pode ser consumido sem engordar, é necessário somar a TMB às calorias gastas com as atividades diárias.

Para saber este valor, multiplique o resultado por:
1.0, se você for totalmente sedentário
1.2, se você trabalha em escritório e não pratica atividades físicas
1.4, se você pratica atividades físicas leves e trabalha
1.6, se você pratica atividades físicas moderadas e trabalha
1.8, se você tem um trabalho pesado (operários de obra, estivadores, etc)

Para perder peso, você precisa de mais uma conta. Considerando que você é a mulher do exemplo e pratica atividades físicas leves e trabalha, seu gasto calórico diário é 1735 kcal. Para emagrecer, você precisa consumir menos que isso.



Agora que você já sabe quantas calorias você pode comer, descubra formas simples de diminuir seu consumo calórico através da tabela calórica dos alimentos e para sua segurança consulte um nutricionista.

Fontes:


IMC – Índice de Massa Corporal

Calcule seu peso ideal  através do Índice de Massa Corporal (IMC), é uma das formas para se obter um indicativo de que você está acima do peso ideal ou abaixo do peso ideal de forma simples e rápida.

Desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o cálculo do peso ideal é feito utilizando a fórmula IMC = peso / (altura x altura).

Lembrando que calcular IMC  não resolve todos os problemas, esse cálculo é apenas um indicador e não determina exatamente se você está abaixo ou acima do seu peso ideal, outros fatores como sexo, idade, condicionamento físico, etc, devem ser levados em conta.

Segundo a OMS, o índice normal é entre 18.5 e 24.9, para outros valores consulte a tabela abaixo.

Abaixo do peso
Abaixo de 18.4
Peso normal
18.5 - 24.9
Sobrepeso
25.0 - 29.9
Obesidade Grau I
30.0 - 34.9
Obesidade Grau II
35.0 - 39.9
Obesidade Grau III
Acima de 40



IMC Infantil
Para o cálculo do IMC infantil, veja as tabelas abaixo:

Meninos
Idade
Normal
Sobrepeso
Obesidade
6
14,5
mais de 16,6
mais de 18,0
7
15
mais de 17,3
mais de 19,1
8
15,6
mais de 16,7
mais de 20,3
9
16,1
mais de 18,8
mais de 21,4
10
16,7
mais de 19,6
mais de 22,5
11
17,2
mais de 20,3
mais de 23,7
12
17,8
mais de 21,1
mais de 24,8
13
18,5
mais de 21,9
mais de 25,9
14
19,2
mais de 22,7
mais de 26,9
15
19,9
mais de 23,6
mais de 27,7


Meninas
Idade
Normal
Sobrepeso
Obesidade
6
14,3
mais de 16,1
mais de 17,4
7
14,9
mais de 17,1
mais de 18,9
8
15,6
mais de 18,1
mais de 20,3
9
16,3
mais de 19,1
mais de 21,7
10
17
mais de 20,1
mais de 23,2
11
17,6
mais de 21,1
mais de 24,5
12
18,3
mais de 22,1
mais de 25,9
13
18,9
mais de 23
mais de 27,7
14
19,3
mais de 23,8
mais de 27,9
15
19,6
mais de 24,2
mais de 28,8